First things first, a curiosidade em ver um show no Town Hall de Birmingham era tão grande quanto ver o Swim Deep em si, por isso mesmo que tentei chegar cedo ao local.
Infelizmente, e como já era de se esperar em uma sexta-feira, a fila já estava algumas voltas na Victoria Square, por isso tive que esperar um pouco para conferir a venue por dentro.
Fato é que o lugar costuma receber tantos artistas e bandas
importantes (joga no google os nomes que já se apresentaram por lá), que não
poderia ser diferente se dissesse que por dentro, o Town Hall é bastante bonito. Um
prédio de arquitetura imponente que merece ser visitado de qualquer maneira, já que é atração turística da cidade.
Gostei também de saber que perto de nossas cadeiras, sim porque tô velha para encarar pista, tinha um bar bacana com Peroni e Magners à disposição, mesmo que por £4 cada. E até que valeu a pena gastar uma graninha a mais, afinal de contas era dia de ver uma das bandas brummies mais promissoras do momento se apresentar por aqui.
Gostei também de saber que perto de nossas cadeiras, sim porque tô velha para encarar pista, tinha um bar bacana com Peroni e Magners à disposição, mesmo que por £4 cada. E até que valeu a pena gastar uma graninha a mais, afinal de contas era dia de ver uma das bandas brummies mais promissoras do momento se apresentar por aqui.
O Swim Deep, para
quem ainda desconhece, faz um som indie (bem puxado para o shoegazing que
confesso: tomou meu coração quando ouvi She
changes the Weather, pela primeira vez). Uma das músicas mais bonitas de 2013, pode apostar!
Por estarem “em casa” e terem acabado de lançar o primeiro cd, Where The Heaven Are We, esse show no
Town Hall tinha tudo para ser especial. E foi. Por começar pelo público
presente. Uma galerinha bem nova (digo, nova que te faz se sentir um
tanto quanto idosa, por um momento), mas que parece seguir o grupo por onde quer
que eles passem. Sabem as letras de todas as músicas, fazem roda punk e
cantam em coro até a versão (bacana) que a banda faz para Girls just Wanna Have Fun, da Cyndi Lauper. Um estusiasmo só!
Wolf Alice em ação
Mas bem antes disso tudo acontecer tivemos as bandas de
abertura: Sundara Karma e Wolf Alice. A
segunda delas merece destaque. Anotem esse nome: Wolf Alice. O que há três anos era somente um projeto solo
da vocalista Ellie Rowsell, se transformou em uma senhora banda de
respeito prestes a lançar seu primeiro Ep, intitulado Blush.
O som que a Wolf Alice faz é bastante influenciado Hole e
Elastica. É grunge , apesar de se definem como uma banda“ rocky pop”. Eles já
abriram shows para outra prata da casa, o Peace, e não vai demorar muito para ficarem
mais conhecidos. Destaque para a música Fluffy.
O show do Swim Deep começou às 10 horas, em uma pontualidade brummie. Foi impossível não perceber o
quanto voltar a tocar em casa, logo após terem estourado tão rápido, era algo muito especial para a banda. Singles, Eps
lançados no Japão, algumas passagens por festivais importantes, shows de abertura para o Two Door Cinema Club e um álbum
fresquinho lançado no mês passado. Tudo isso em apenas dois anos de existência.
Era de se esperar que eles trouxessem flores, como de praxe, e até coral para celebrar todo o caminho percorrido desde 2011.
Era de se esperar que eles trouxessem flores, como de praxe, e até coral para celebrar todo o caminho percorrido desde 2011.
Mas a verdade é que o Swim Deep faz som de gente grande. Passeiam com autoridade por uma psicodelia que
lembra um pouco as bandas da saudosa cena musical de “Madchester”. Um shoegazing
digno de se jogar sapatos para o alto mesmo. Aliás, tinham vários voando pelo
palco porque apesar da idade, os fãs do Swin Deep sabem como curtir o bom e velho rock & roll.
O show foi, logicamente, baseado no repertório do cd Where The Heaven Are We, e as esperadas King City, Francisco, The Sea, Honey, (a
lindíssima) She Changes de Weather, mais a special performance do tecladista Austin “Ozzy”
Williams fizeram a noite entre “os novinhos” valer a pena.
O som do Swim Deep faz todo mundo se sentir renovado mesmo. Diria até que foi como estar de volta aos anos 90, lá pelos meus quase 20 e poucos anos, sem medo de ser feliz!
O som do Swim Deep faz todo mundo se sentir renovado mesmo. Diria até que foi como estar de volta aos anos 90, lá pelos meus quase 20 e poucos anos, sem medo de ser feliz!